quinta-feira, 22 de abril de 2010

amor platônico...

Podem chamar do que quiser. Infantilidade, falta de maturidade, obsessão, criancice, viagem... só sei que, por mais que eu tente, não consigo evitar de amar platonicamente. E descobri recentemente, que nem todo amor platônico é igual. Nem sempre isso significa que vc vai querer casar com a pessoa, nem sempre significa que é realmente uma pessoa (pode ser qualquer coisa), nem sempre significa que vc vai sonhar (acordado ou não) com aquilo o dia todo, aliás, como qualquer tipo de amor, não existe nenhuma regra e nem todos os casos são iguais.

Acho que há coisas que acontecem em todos os casos, que caracterizam o amor como platônico. A primeira e mais importante, é que você está amando alguém inacessível, mas que mesmo assim significa algo muito especial para você, e de alguma forma você sente que há uma ligação forte e invisível entre vocês, um elo meio sobrenatural e complicado de entender. Nessa ligação eu acredito plenamente, eu não sei explicar mas sinto que sempre há algo que compartilhamos com a pessoa em questão, mesmo quando é aquele amor platônico por alguém que não conhecemos. Há algo na pessoa que toca você como se o amor pudesse ser real, e na verdade, não deixa de ser.

Então, você começa a idealizar a pessoa. Algo nela te encanta, te cativa, corresponde a todas as suas expectativas e faz com que você se sinta completo de uma forma estranha. E esse detalhe que inicialmente te encantou te faz criar um personagem daquela pessoa, baseado no que você já ama, você começa a ver a pessoa como alguém que é tudo o que você sempre quis, um ser perfeito e intocável que não tem defeitos. Mas, ok, isso varia de um caso a outro, pq já amei platonicamente sem achar a pessoa perfeita, mas sim não dando bola para defeitos que eu conhecia ou imaginava. Eu achava até graça. Mas enfim.

De repente você se encontra perdido em um mundo em que nada tem graça sem a pessoa, e ao mesmo tempo tudo que você vê parece ser diretamente relacionado a ela. Você fica a procurando o tempo todo, em todos os lugares possíveis: no caso do amigo, é na escola ou onde você o conheceu. No caso do professor (o pior de todos para mim), enquanto não está na aula dele vc percorre cada corredorzinho, descobre os horários de outras turmas e anseia pelo dia em que ele está lá, fica sempre perto da sala dos professores e quando sabe que ele vai entrar em um local como a biblioteca, por exemplo, você já está lá esperando. Desesperador. E tem o caso do ídolo, em que você simplesmente olha TODOS os canais de TV, os sites, revistas e o que mais seja que pode ter aquele nomezinho mágico... ou o seu coração dispara, ou vc sente calor, ou os dois ao mesmo tempo (modo hard, claro).

Tem também outros pequenos detalhes, muitos, e se eu fosse falar tudo o que sei, penso e sinto em relação a amores platônicos, o post seria ainda maior do que já ficou, então me sinto na obrigação de interromper a mim mesma para finalmente chegar a parte mais importante de todas.

Quase todo mundo acha que amor platônico é um enorme sinal de falta de auto-estima. E até bem pouco tempo atrás, eu também pensava isso, até que algumas coisas me levaram a perceber o que realmente acontece, na maioria das vezes (pq em certos casos é a baixa auto-estima mesmo).

Simplesmente, aquela pessoa te INSPIRA. Você já reparou que na maioria dos amores platônicos nós não procuramos ficar com a pessoa e não sentimos ciúmes dela? Pelo contrário, torcemos pela vida amorosa dela. Não temos interesse, nem atração física, o que significa que você não está apaixonado por alguém que nunca vai ter. Você ama pura e profundamente alguém que te inspira muito na sua vida. É por isso que você sente como se quisesse ser aquela pessoa. É por isso que você admira aquela pessoa, como nenhuma outra. Se ela é criativa ou talentosa em algo, por exemplo, no fundo você sabe que é isso que quer ser na vida, e sabe que tem essa capacidade. Você só quer aprender a ser tão boa naquilo quanto ela é. Como por exemplo, ídolos ou heróis.

Aquilo que essa pessoa faz lhe parece tão bonito, tão mágico, que toca você profundamente, faz você vibrar, viajar e se sentir em outra dimensão. Porque você quer apenas, fazer isso também. O desespero de estar perto, é para admirar aquilo que você tanto gosta nela. E a gente acaba perdendo mesmo o controle, como em qualquer amor.

O mais importante é não se culpar e ter noção do que você deve fazer: descobrir o que é isso que tanto te inspira e tentar levar isso para sua vida, ou aprender a fazer aquilo que ela faz tão magicamente. Talvez seja por isso que quase todo amor platônico vem na infância/pré-adolescência, é quando você decide quem você realmente quer ser.

Sabendo disso, eu assumo que amo algo que profundamente quero ser, mesmo não sendo mais criança ou adolescente, mesmo sendo mais madura que das outras vezes e mesmo não querendo nada da pessoa a não ser aprender a sua mágica. E digo mais, essa sensação é uma das melhores do mundo. E toda a energia que eu recuperei, eu não teria recuperado sem isso. Minha admiração é infinita e minha gratidão também.

Recomendo isso para todo mundo, de qualquer idade: ame e se inspire.

PS: o próximo post vem para completar esse.

2 comentários:

  1. *_*
    Amei...
    Nossaaa... Muito Bom...!
    Vc falou parte das coisas q eu penso...! =D
    Já estou esperando o próximo Post...!
    ^.^

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  2. Ah... os amores platônicos são lindos. Saber que nunca poderá ter e ainda assim amar, sem nada em troca.
    Concordo total, é mais admiração do que amor, acho até que chamar de amor é falha nossa xD

    Beijos o/
    Quero ler o prox post hein ^^'

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