quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu tenho uma teoria...

Acho que o amor e as emoções em geral não deviam ter nenhum nome específico. Nenhuma generalização, porque começo a perceber que as emoções variam de pessoa para pessoa muito mais do que imaginamos. Não existe amor romântico determinado, nem platônico, nem admiração, nem paixão, nem nada. Simplesmente, a alma (sim, é de propósito) de cada pessoa cria sua própria emoção do seu próprio jeito, algo inventado da maneira que ela acha que deve, a maneira que corresponde melhor, e se você tentar descobrir em qual categoria ela se encaixa você só vai ficar mais perdido. Sabe quando não sabemos dar um nome ao que sentimos? É porque não existe um. Eu não disse que é a gente mesmo que cria a emoção mais adequada para nossa alma? Então, teríamos que inventar nomes ou deixar sem nenhum, dizer apenas "eu sinto algo".

Às vezes achamos que o que sentimos entra em alguma das categorias que existem. Mas aí a gente percebe que alguma coisa na descrição daquele sentimento não bate com a descrição do nosso. Alguma coisa que seria um sintoma específico para identificar que emoção é essa, mas nós não sentimos esse sintoma. Como dizer que é uma coisa que sabemos muito bem que não tem nada a ver?

Por exemplo quando nos apaixonamos por mais de uma pessoa, de formas diferentes. A gente fica estranhando e se sentindo culpado porque na descrição de paixão normalmente não tem a possibilidade de mais de uma pessoa. Mas não significa poligamia, por exemplo...

É porque não é exatamente se apaixonar como está na descrição. É uma emoção nossa, e apenas nossa, que ninguém mais tem e por isso não tem descrição específica.

Outro exemplo: quando amamos sem sentir atração ou qualquer coisa do gênero, mas não é amizade, nem admiração e não conseguimos enxergar como amor platônico ou qualquer outro nome que possa ser dado. É uma emoção nossa.

Eu já tinha pensado nisso a uns anos atrás... mas eu era confusa e imatura e não levei a sério. Achei até que fosse uma desculpa que criei para mim mesma para esquecer que não devia sentir aquilo. Mas eu errei nisso também, porque além de nenhuma emoção ser igual nenhuma delas é necessariamente errada, afinal para uma coisa que não é pré determinada não existem regras, certo?

Acho que todo mundo tem alguma emoção, algum sentimento próprio que não existe para outra pessoa e nem tem nome. E eu tenho provavelmente mais de um. Eles fluem de maneira própria, posso dizer que tem até vontade própria e continuam existindo independente de querermos/aceitarmos ou não. Aquela coisa do "é mais forte que eu". É mais ou menos isso... Permanece e não temos muita escolha.

Bom, essa é apenas uma TEORIA. Pode ser tão absurda quanto uma invasão alienígena organizada por líderes da Nova Ordem Mundial (é, eu ouvi Exo-Politics umas 20 vezes hoje e estou com ela na cabeça nesse exato momento), mas talvez faça todo o sentido para outras pessoas.

O mais importante é que ela se encaixa perfeitamente comigo e muitas coisas fizeram todo o sentido depois que pensei nisso. Um grande passo para eu começar a nunca mais me culpar pelas coisas que acontecem dentro de mim. Ou seria um grande passo para a humanidade em relação a compreender melhor o amor? \o/
Haha. Quem sabe.

sábado, 24 de abril de 2010

and now I love you even more, than I did before

in a world so cynical you came in and changed the ball
from black to white and made me right
this is all atypical, no one else has had the time to read the signs
you are the only one(s)

no one else can keep me from the danger of myself
you keep me stronger, you are the only one (s)
and now I love you even more than I did before...


Eu simplesmente não consigo achar as palavras para dizer, literalmente. Depois de tanto tempo, vocês ainda sabem perfeitamente como me deixar sem saber o que dizer, só de demonstrar a amizade que têm por mim e demonstrando da forma mais simples possível. Vocês são aqueles de quem eu sinto falta, são aqueles pelos quais me arrependo de não ter lutado, perseguindo tanto coisas que não tinham a menor importância perto do que eu já tinha desde que pus os pés naquele lugar. Aqueles que eu amei o tempo todo mesmo enquanto procurava outros tipos de amor que não tinham e nunca alcançariam nem um terço da força do nosso. Eu fico meses sem vê-los, e quando falo com vocês parece que a sensação é até maior. Eu sofro muito por ter acabado e principalmente por ainda não ter encontrado uma maneira de tê-los presentes na minha vida de novo. 
Mas ao mesmo tempo sou infinitamente feliz por cada vez que pude falar com vocês, por cada frase que vocês me disseram e por cada segundo que temos "perto", uma felicidade que eu não consigo descrever na hora (é por isso que demoro a responder no msn, desculpem rsrs). Enfim, no fundo talvez eu nunca tenha conseguido demonstrar totalmente pq era impossível fazer isso, ainda que as vezes eu até tentasse. Eu sempre soube que esse é um sentimento muito maior e mais forte que eu e por isso eu não conseguiria traduzí-los em palavras/ações, ainda que eu esteja ciente que muitas vezes eu os desapontei e passei uma idéia errada da minha amizade. Ainda que eu tenha causado até dúvida, pela minha falta de saber como transmitir isso.
Ainda que eu nunca aprenda a dizer, saibam que eu não seria o que me tornei sem vocês, porque de alguma forma vocês sabem exatamente como "eletrificar a minha vida", e sabem como trazer a tona todas as coisas que insisto em guardar dentro de mim mesma. Vocês me conhecem como ninguém e sabem o que quero dizer até quando deixo tudo no ar para vocês entenderem, aquela mania que eu tenho e que sempre me surpreende... pq muitas vezes vocês entendem o que quero dizer melhor do que eu mesma. Já me protegeram loucamente quando eu mesma me colocava em perigo, às vezes de forma que eu nem pude compreender na hora, mas que hoje eu sei perfeitamente que era porque vocês não queriam me ver sofrendo. 
Eu nunca poderei mostrar minha gratidão, mas mesmo assim agradeço muito. Ainda vou encontrar uma forma de estar realmente PERTO de vocês de novo, e esse dia vai chegar logo.
Amo muito vocês todos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

like a prayer

"just like a prayer, your voice can take me there
just like a muse to me, you are a mystery
just like a dream, you are not what you seem
just like a prayer, no choice, your voice can take me there"

Madonna - Like A Prayer


Glee Cast - Like A Prayer



Compreendendo o seu mundo, aprendendo sua mágica (como eu disse no post anterior), a cada dia eu descubro mais um pouquinho sobre esse mistério e me sinto fazendo parte de algo enorme, é inegável e serei sempre grata. Tudo de mais importante que eu aprendi até agora foi vivendo algum tipo de admiração, e dessa vez simplesmente não será diferente. Talvez essa minha capacidade/mania não seja algo ruim como eu achava, pelo contrário, estou entendendo pouco a pouco que sempre haverá alguém que me inspira dessa forma e que todo mundo se sente assim em relação a algo/alguém.

Esses dois posts foram definitivamente essenciais para eu entender melhor esse meu lado que me acompanha desde sempre e que já me fez correr por tantos corredores de escola, chorar na chuva, dormir em paz e acordar confusa, enlouquecer família e amigos falando de um determinado assunto e fazer um amigo ficar um tempão comigo numa biblioteca (eu nem sei se ele lembraria disso mas para mim foi como se fosse ontem) enquanto eu tentava entender e ficava mais perdida ainda.

Agora a intensidade e o desespero são beeem menores e eu compreendo que, como a Bia disse no comentário do post anterior: "é mais admiração do que amor, acho até que chamar de amor é falha nossa". Aliás, fiquei super feliz quando vi os dois comentários e que gostaram, pq na verdade senti muita insegurança ao falar de algo meu que há beem pouco tempo atrás eu achava estranhíssimo.

Pretendo, afinal, pegar essa inspiração enorme e finalmente transformá-la em aprendizado de verdade, porque depois de (meio que acidentalmente), ler uma coluna sobre isso num jornal, percebi que talvez seja apenas resultado de uma vocação que ainda não desenvolvi... não sei ao certo ainda, mas vou descobrir. Tem alguma coisa melhor do que pegar algo que você desconhece sobre si mesma e começar a trabalhar nisso?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

amor platônico...

Podem chamar do que quiser. Infantilidade, falta de maturidade, obsessão, criancice, viagem... só sei que, por mais que eu tente, não consigo evitar de amar platonicamente. E descobri recentemente, que nem todo amor platônico é igual. Nem sempre isso significa que vc vai querer casar com a pessoa, nem sempre significa que é realmente uma pessoa (pode ser qualquer coisa), nem sempre significa que vc vai sonhar (acordado ou não) com aquilo o dia todo, aliás, como qualquer tipo de amor, não existe nenhuma regra e nem todos os casos são iguais.

Acho que há coisas que acontecem em todos os casos, que caracterizam o amor como platônico. A primeira e mais importante, é que você está amando alguém inacessível, mas que mesmo assim significa algo muito especial para você, e de alguma forma você sente que há uma ligação forte e invisível entre vocês, um elo meio sobrenatural e complicado de entender. Nessa ligação eu acredito plenamente, eu não sei explicar mas sinto que sempre há algo que compartilhamos com a pessoa em questão, mesmo quando é aquele amor platônico por alguém que não conhecemos. Há algo na pessoa que toca você como se o amor pudesse ser real, e na verdade, não deixa de ser.

Então, você começa a idealizar a pessoa. Algo nela te encanta, te cativa, corresponde a todas as suas expectativas e faz com que você se sinta completo de uma forma estranha. E esse detalhe que inicialmente te encantou te faz criar um personagem daquela pessoa, baseado no que você já ama, você começa a ver a pessoa como alguém que é tudo o que você sempre quis, um ser perfeito e intocável que não tem defeitos. Mas, ok, isso varia de um caso a outro, pq já amei platonicamente sem achar a pessoa perfeita, mas sim não dando bola para defeitos que eu conhecia ou imaginava. Eu achava até graça. Mas enfim.

De repente você se encontra perdido em um mundo em que nada tem graça sem a pessoa, e ao mesmo tempo tudo que você vê parece ser diretamente relacionado a ela. Você fica a procurando o tempo todo, em todos os lugares possíveis: no caso do amigo, é na escola ou onde você o conheceu. No caso do professor (o pior de todos para mim), enquanto não está na aula dele vc percorre cada corredorzinho, descobre os horários de outras turmas e anseia pelo dia em que ele está lá, fica sempre perto da sala dos professores e quando sabe que ele vai entrar em um local como a biblioteca, por exemplo, você já está lá esperando. Desesperador. E tem o caso do ídolo, em que você simplesmente olha TODOS os canais de TV, os sites, revistas e o que mais seja que pode ter aquele nomezinho mágico... ou o seu coração dispara, ou vc sente calor, ou os dois ao mesmo tempo (modo hard, claro).

Tem também outros pequenos detalhes, muitos, e se eu fosse falar tudo o que sei, penso e sinto em relação a amores platônicos, o post seria ainda maior do que já ficou, então me sinto na obrigação de interromper a mim mesma para finalmente chegar a parte mais importante de todas.

Quase todo mundo acha que amor platônico é um enorme sinal de falta de auto-estima. E até bem pouco tempo atrás, eu também pensava isso, até que algumas coisas me levaram a perceber o que realmente acontece, na maioria das vezes (pq em certos casos é a baixa auto-estima mesmo).

Simplesmente, aquela pessoa te INSPIRA. Você já reparou que na maioria dos amores platônicos nós não procuramos ficar com a pessoa e não sentimos ciúmes dela? Pelo contrário, torcemos pela vida amorosa dela. Não temos interesse, nem atração física, o que significa que você não está apaixonado por alguém que nunca vai ter. Você ama pura e profundamente alguém que te inspira muito na sua vida. É por isso que você sente como se quisesse ser aquela pessoa. É por isso que você admira aquela pessoa, como nenhuma outra. Se ela é criativa ou talentosa em algo, por exemplo, no fundo você sabe que é isso que quer ser na vida, e sabe que tem essa capacidade. Você só quer aprender a ser tão boa naquilo quanto ela é. Como por exemplo, ídolos ou heróis.

Aquilo que essa pessoa faz lhe parece tão bonito, tão mágico, que toca você profundamente, faz você vibrar, viajar e se sentir em outra dimensão. Porque você quer apenas, fazer isso também. O desespero de estar perto, é para admirar aquilo que você tanto gosta nela. E a gente acaba perdendo mesmo o controle, como em qualquer amor.

O mais importante é não se culpar e ter noção do que você deve fazer: descobrir o que é isso que tanto te inspira e tentar levar isso para sua vida, ou aprender a fazer aquilo que ela faz tão magicamente. Talvez seja por isso que quase todo amor platônico vem na infância/pré-adolescência, é quando você decide quem você realmente quer ser.

Sabendo disso, eu assumo que amo algo que profundamente quero ser, mesmo não sendo mais criança ou adolescente, mesmo sendo mais madura que das outras vezes e mesmo não querendo nada da pessoa a não ser aprender a sua mágica. E digo mais, essa sensação é uma das melhores do mundo. E toda a energia que eu recuperei, eu não teria recuperado sem isso. Minha admiração é infinita e minha gratidão também.

Recomendo isso para todo mundo, de qualquer idade: ame e se inspire.

PS: o próximo post vem para completar esse.

terça-feira, 20 de abril de 2010

she lives in a fairytale...

somewhere too far for us to find
forgotten the taste and smell
of the world that she's left behind

it's all about the exposure the lens I told her
the angles were all wrong, now
she's ripping wings off of butterflies

keep your feet in the ground, when your head's in the clouds


certas coisas minhas não mudam, e hoje eu continuo tentando brincar de esconde-esconde com a realidade... o mundo está acontecendo lá fora, eu estou aqui ouvindo Shinjitsu No Uta e misturando passado com presente, no lugar adequado p isso...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Arrumação no PC...

... ou falta do que fazer mesmo.


Tem bem mais coisas que isso, mas se eu mostrar as outras pastas vocês vão achar que tenho algum sério problema.

PS: ao visualizarem o tamanho normal, reparem no bonequinho da pasta de Indie Rock. Sim, eu achei ele igualzinho aos vocalistas de banda indie, nisso escolhi esse ícone. rsrs

PS²: eu organizei isso tudo ontem, incluindo as pastas, fiz uma para cada estilo e arrumei TUDO ontem, pq antes estava organizado em ordem alfabética: cada pasta para uma letra.

PS³: a quem possa interessar, o conteúdo da pasta de Favoritos é aquele mesmo que quem conhece meu gosto musical/LastFM imagina, e nessa ordem:  Darren Hayes, Savage Garden, Duran Duran, Muse, Glee Cast. Alguém se interessou em saber?